Arquivo da tag: Vale

Um carro muito grande com as rodas enormes

Quando eu era pequeno, meus carros eram ainda menores. Ficava ajoelhado no corredor da casa e disputava corrida entre eles. Dada época, parei de gostar de carros. Acho que foi quando lançaram um número maior do que eu conseguia decorar. Hoje, só reconheço fusca, Kombi, ônibus e Fiat Uno do antigo. Quando entrei na mina de Itabira, meus olhos brilharam feito à época de criança. Vi um carro com as rodas enormes, com uma aparência monstruosa, eu batia na metade da roda. Era como se eu tivesse ficado criança e os carros crescido.  Subi por uma escada que me levava para a cabine do piloto e, lá do alto, vi o horizonte cinza. Andei feliz naquele carro imenso e até me deixaram brincar de destruir a cidade…

Antunes
Rio de Janeiro, 5 de janeiro de 2011


Filmagem que fiz da Mina de Itabira em cima de um Caminhão Fora de Estrada

Diante dum caminhão fora de estrada. Tenho 1,80 e bato na metade da roda dele

Caminhões imensos de carregar minério

O peso de um caminhão desses é cerca de 450 toneladas

Diante deles, o outro carro parece de brinquedo

Foto que tirei SOB o caminhão fora de estrada

A escada que leva à cabine

Caminhão fora de estrada sendo abastecido

Como puxar assunto com um mineiro

De cara, fica o aviso: este texto não tem qualquer intuito de ser preconceituoso, porém, como se trata de uma pesquisa, sempre ocorrem algumas generalizações. Escrevi, pois viajo muito a Minas Gerais e, como o aeroporto de Confins fica nos confins do mundo, passo muito tempo no taxi com meus camaradas taxistas (imagine leitor, o tempo de uma viagem de Confins a Itabira). Como odeio aquele silêncio que faz o tempo de viagem se alongar ainda mais, fui, através da experiência, acumulando assuntos que sempre funcionam para um bate-papo sem outro propósito que não seja passar o tempo.

Sou lá do Rio¹ (fale, no caso, a sua cidade), mas adoro comida mineira…
É um ótimo começo de conversa, pois mineiro que é mineiro tem orgulho de sua comida. Aí você, pra ir gerando mais subassuntos, elogia o pãozinho de queijo, a vaca atolada, o feijão tropeiro etc. etc. etc. Muitas vezes, para esnobar, os mineiros gostam de dizer: Cê gosta, é? Já tô tão acostumado que já nem percebo se é tão bão mesmo… E há aqueles outros que embarcarão na onda de elogios. Mas um mineiro nunca, jamais, falará mal de sua comida.

1 – Curiosidade: mineiros não costumam saber distinguir a diferença de sotaque entre paulistas e cariocas.

Você é atleticano ou cruzeirense?
Esse é ótimo assunto pra emendar, pois em Minas Gerais só há dois times com torcida. Dificilmente se encontra algum americano perdido por lá (mas é possível). Ou seja, o cruzeirense adora conversar falando mal do atleticano e o atleticano do cruzeirense. Tem assunto pra horas, só é saber explorar, pois até aqueles que não gostam de futebol tem alguma opinião sobre uma ou outra torcida.

E a Vale, tem crescido muito aqui, né?
A Vale é uma empresa majoritariamente mineira e move bastante a economia do estado. Sendo assim, muitos moradores de Minas Gerais são árduos defensores da empresa (há os árduos críticos também, mas são minoria). Se você está conversando com taxistas ou pessoas de rede hoteleira, com certeza terão várias histórias sobre o tema para contar.

Belo Horizonte tá ficando pequena, tem que colocar mais hotel nessa cidade.
É assunto batido, todo mineiro gosta de falar que Belo Horizonte está precisando de novos hotéis e, alguns sensacionalistas, gostam de comparar o trânsito Mineiro ao de São Paulo (o que não tem nada a ver). É um ótimo assunto para você mostrar que está atualizado sobre a Cidade.

A Cidade Administrativa do Niemeyer ficou linda, né? Se já não bastasse aquelas arquiteturas dele na Pampulha…
Com todo respeito aos mineiros e a Belô, mas a cidade não tem praia, não tem ótimos shoppings, não tem pontos turísticos badalados. Sendo assim, as diversões dos mineiros são:  andar nas incontáveis praças, ler e tomar cachaça na Savassi. Ou seja, Mineiros não tendem a ficar com babações à natureza como os cariocas, preferem exaltar as construções da cidade. Elogie as obras do Niemeyer tais como a Cidade Administrativa e a igreja de São Francisco e conquiste um amigo mineiro.

E esse governo aí, tem gostado?
Generalizando, os mineiros são muito conservadores na política. Se orgulham de castas como a família Neves e gostam de votar no PSDB. Debater sobre política requer cuidado. É mais um assunto para ouvir do que para debater. Ou seja, tenha atenção, senão o papo não rola.

Anote estes tópicos, leitor, e faça o teste. Não precisa agradecer, mas saiba que o livrei de horas e horas de viagens monótonas. Faça bom uso destes assuntos. Volte para dizer se funcionaram e para acrescentar novas temáticas que deram certo com você.

Itabira, 8 de outubro de 2010

Presença do ontem

Fim de Ouro Preto, começo de Mariana. Fim de Mariana, começo de Ouro Preto. Ambas antigas capitais de Minas desbancadas por Belo Horizonte. Ligadas por um trem que acumula turistas armados de máquinas fotográficas para retratar nada: um mato do lado esquerdo, uma moita do lado direito, uma pseudocachoeira. O melhor da viagem de trem é o próprio trem e suas simpáticas estações sustentadas pela Vale. Os vagões andam a balançar feito um berço, mais vale dormir no ombro d’alguém que ir desperto a olhar o redor. O maior prazer de estar ali é saber-se não-ali em pouco tempo, é a chegada à outra cidade de mais igrejas, de mais barroco, de mais rococó, de mais passado e sem presente nenhum. Como pode haver presente nestas cidades que vivem um cotidiano de turistas e mais turistas que pedem para que o passado esteja vivo? Como pode haver presente em cidades que os relógios correm à velocidade de um trem turístico? Como pode haver hoje se todos os trilhos levam ao ontem?

Antunes
Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2010


Nôla Farias filma e narra a estação de trem em Ouro Preto

Estação do Trem que liga Ouro Preto a Mariana

Emanoelle diante do monumento ao frango ao molho pardo

Fila para entrar no trem de Ouro Preto a Mariana

Interior do trem de Ouro Preto a Mariana

O lavabo do trem de Ouro Preto a Mariana

"um mato do lado esquerdo"

"uma pseudocachoeira"

Chegada à Estação de Trem de Mariana

O trem-museu da Vale em Mariana

É proibido usar capacete!

Creia, leitor. Creia porque a lógica é esta. Em Ourilândia é proibido usar capacete. Não que haja leis escritas, mas afinal de que servem as leis escritas se as que valem são orais? O meio de transporte mais comum aqui é a moto. Dos meios de vida, garantiram-me: um dos mais comuns é o roubo. E não fizeram a boa combinação dos meios: moto+roubo? Só duas estirpes de pessoas usam capacete por aqui, falou-me um aluno que está na cidade desde antes de sua emancipação: ou são funcionários da Vale ou são ladrões. Os funcionários da Vale usam capacete por medidas de segurança incentivadas pela empresa; os ladrões usam pra esconder a cara qual máscara. Daí vem a lenda de Jack Cabeça, dos mais misteriosos bandidos da região.

Dizem que ninguém nunca viu a cara do Jack Cabeça e que sua referência é o fato de mandar fazer seus capacetes sob medida, tamanha cabeça tem o moço. Jack Cabeça é/era (não se sabe seu paradeiro) assaltante cruel, matava e só depois mandava levantar as mãos. Inicialmente assaltava em dupla, com seu companheiro de garupa, Jacinto das Morte. Mas se desentenderam e o próprio Jack Cabeça o matou. Dizem que o diálogo foi rápido e rasteiro:

– Jack, quero saber se cê vai me pagá aquele dinheiro que tá me deveno.

– Já disse: vô! Num me aperreie mais!

– Tô precisano do dinheiro, Jack. Quero só vê se vai me pagá hoje!

– Tá me chamano de mentiroso!

– Tô não, Jack!

-Eu afirmei, num apergutei! E agora tá dizeno que eu tô mentino porque eu disse que cê disse que eu tava mentino!

Depois cantou o revólver de Jack. Era o fim de Jacinto das Morte.

A abordagem policial, por conta dos ladrões de capacete, é sempre a mesma. Param os motoqueiros que seguem as leis nacionais e mandam que cumpram as leis regionais:

– Ei, ô da moto. Encoste!

– Que foi, seu moço poliça?

– Tire o capacete!

– Tem cara de ladrão esse, Jailto?

– Tem não, Creisso.

– Tá liberado, então. Mas, num volte a colocá capacete que isso é coisa de bandido.

Tive o (des)prazer de ouvir como funciona o método de roubo de Jack Cabeça. Dizem que em seu último assalto parou a moto diante da mulher da barraca de bijuterias. A senhora, já trêmula e quase se urinando, só conseguiu perguntar:

– O sinhô de capacete é bandido, né?

E Jack Cabeça, irônico a respondeu:

– Sou não, sou funcionário da Vale.

A pobre, coitada, num breve alívio respondeu:

– Então o que o sinhô deseja?

– Vim só garimpar teu ouro! – Disse o Jack e deu uma risada estrondosa abafada pelo capacete.

Antunes

Terra dos Sem Capacete, 25 de março de 2010

A onça

Em Parauapebas tive os primeiros contatos com as histórias da onça. Contam que, na Vila de Carajás, o bicho entrou por dentre as casas e devorou um infeliz menino. Outros dizem que o tal menino é que foi até o mato e a onça só o matou no intuito de proteger os filhotes. Sempre que vou ao interior do Pará, me lembro das histórias de onça e queria, um dia, sentir o espanto de estar diante de uma.

Para se chegar à Mina de Paragominas há que se atravessar a floresta. Leva-se uma hora de ônibus. Os trabalhadores vão dormindo confortáveis no ar condicionado. Ao voltar para a cidade, no meu primeiro dia por lá, todos dormiam, exceto eu. Aqueles mineiros perdiam espetáculos inéditos pra mim, quiçá cotidianos pra eles, como as imensas aranhas caranguejeiras que atravessam as ruas e o sacudir das árvores por micos, cutias e pássaros de infinitas cores. Naquele dia, mais que isso, vi além: vi a onça. Entre o mato noturno, estava ela. Esfreguei os olhos e quando vi novamente, o ônibus já tinha ido. Foi rápido demais, cheguei a achar que fosse ilusão, sono, fome. O pior é que não havia uma alma desperta para confirmar ou negar o fato.

No dia seguinte, voltei ao hotel atento ao mato rasteiro. Bem ao lado das rodas do ônibus estava a onça. Ninguém a via – desprezada, a pobre – caída sem sua importância de onça. Minha certeza foi tanta que cheguei a duvidar de tê-la visto. Precisaria confirmar no terceiro dia.

Novamente, voltei da mina de ônibus e, no mesmo local, junto à quinta árvore de galho retorcido em espiral, tive certeza, estava a onça. Impulsivo, gritei para o motorista: Pare! Pare o ônibus! Assustado, pisou no freio e parou o veículo bruscamente. Todos acordaram apavorados. Eu corri para a dianteira do automóvel e ordenei: abra a porta! Desci. Fui até o mato rasteiro. Pensei tê-la perdido de vista, mas logo a encontrei. Estava ali, a onça pintada. Imponente aos meus olhos, ficamos frente a frente. Abaixei-me, toquei-a, agarrei-a, levantei-a, dobrei-a ao meio e coloquei-a no bolso. Não é sempre que se acha uma nota de cinqüenta Reais perdida, inda mais no meio da floresta. Voltei ao ônibus e, desta vez, dormi.

Antunes
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2010

Atestado de estada em Paragominas

Comparada a outras cidades do interior do Pará, Paragominas é tranqüila, com casinhas de madeira que rodeiam a parte mais urbanizada da cidade. Com o minério por lá, a cidade cresce mais que o previsto: sobe o custo de vida, explode a especulação imobiliária, encarece a comida e os serviços. Quanto ao lazer, são poucas as opções: sobressaem as caminhadas, as praças e o Parque Ambiental.

Se precisar ir ou quiser conhecer Paragominas, recomendo o Residence Palace Hotel à Rua 15 de novembro.  É simples, com um quartinho que nem de detenção, mas possui um atendimento excelente e está muito bem localizado no Centro da Cidade.

Quando estiver por lá, tome suco de cupuaçu com pizza, caminhe pela praça Célio Miranda, visite o Parque Ambiental e faça um amigo funcionário da Vale. Estes são os atestados de quem esteve realmente em Paragominas.

Antunes
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2010

Praça Célio Miranda

Vista da varanda do hotel

A Igreja de Paragominas

Residence Palace Hotel à noite

Se Paragominas existe, como se chega lá?

Não adiantaria, leitor, explicar-lhe como chegar à Mina de Paragominas sem antes provar que a cidade de Paragominas existe objetivamente. Senão, seria fechar os olhos e imaginar-se lá. Provo: Paragominas é uma jovem cidade presente no interior do Pará com algo mais de 40 anos. Seu nome é de criatividade mosaica: PARA – em homenagem ao estado, GO – em homenagem a Goiás (um dos estados que ajudou a formar a cidade) e MINAS – adivinhe leitor – em homenagem a Minas Gerais (também parte de sua história). Para que fique ainda mais provado que Paragominas existe, digite no Google. Até site a prefeitura tem.

Passada a primeira parte, cabe a grande rota Sulacap-Mina de Paragominas – para todos os moradores das cercanias do Jardim da Saudade que pensam em fazer este belo passeio algum dia.

1 – Vire-se para chegar no aeroporto do Galeão
2 – Pegue um avião para Belém (tente o milagre de conseguir um vôo sem escalas – eu consegui)
3 – Chegando em Belém (menos de 4 horas) tome uma surra de espera até o horário que passa o ônibus da Vale que te levará a Paragominas.
4 – Enfrente umas 5 horas de viagem para chegar à cidade de Paragominas.
5 – Pernoite, seu dia já acabou, mané.
6 – Pegue outro ônibus da Vale e mais uma hora de estrada com verde de um lado e verde do outro.
7 – Mina de Paragominas, seja bem-vindo!

Antunes
11 de fevereiro de 2010

O ônibus que leva de Belém a Paragominas

A paisagem da viagem (quase tema do Wimdows)

Chegando à mina

A Santa Missa

Buscava aventurar-me por Carajás. O dia estava úmido e resistia à troca de passos, criando barreiras de microgotas. Tomei uma van e atravessei a Serra dos Carajás. As gotas de chuva cresciam e pesavam, as árvores pareciam se agregar para segurar a chuva, a vila queria remontar floresta. Andei desrumado a procurar abrigo que não fosse árvore, vi uma igrejinha católica azul, me escondi ali no momento exato em que desabou o céu. Por dentro era colorida, lembrava-me estas igrejas campesinas, tinha um ar de madeira, um povo meio índio, meio português. A missa desenrolou-se melhor que tomar chuva, o padre (tenho minhas dúvidas, acho que quem realizou a missa foi um diácono) lembrou-me Nero: era um sujeito baixinho, gordinho de cabelo encrespado, faltavam-lhe apenas os louros atrás da orelha. Fiquei imaginando-o a tocar harpa, sentado na mesa eucarística enquanto a igreja pegava fogo. Um diácono que taca fogo na própria igreja… logo o diácono, o zelador, quiçá isso fosse pior que Nero. A névoa era tão intensa, tão intensa, que cheguei a pensar que realmente a igreja se consumia em fumaça, não dava pra ver nada do lado de fora, as portas batiam com o vento. A chuva foi cessando junto com a missa do diácono Nero e as portas se abriram para exibir um sol teimoso que despontava, saí tendo evitado a maldita chuva: santa missa!

A igreja por fora depois da tormenta...

A igreja por fora depois da tormenta...

 

O diácono Nero no interior da igreja

O diácono Nero no interior da igreja

Carajás, cidade da Vale

Na vila da Vale as casas são todas iguais

Na vila da Vale as casas são todas iguais

Carajás é um nome de vários donos, mas os primeiros que sei, são índios que habitam a região do Pará em que estive. E, por muita homenagem, ou por falta de criatividade mesmo, foram batizando os lugares assim. Serra dos Carajás é uma serra florestada que separa o Centro de Parauapebas da vila de Carajás, uma pseudocidade da Vale e tema desta crônica. Tem também Canaã dos Carajás, tema de futuras crônicas e Eldorado dos Carajás que seria tema de crônica, todavia não mais será. Os viventes no geral, racionais e sentimentais, ambos, ou nenhum, conhecem Parauapebas e Carajás como duas coisas diferentes, embora não sejam. Diga a um taxista: leve-me para Parauapebas e ele levar-te-á para um lugar; diga leve-me para Carajás e, sabiamente, levará a outro, porém, politicamente, diz-se que Carajás é parte de Parauapebas, tenho também minhas dúvidas. Os animais, igualmente, reconhecem a diferença: em Parauapebas com exceção dos anus e algumas colônias de abusados insetos, não se vê bicho; já em Carajás, rebolativas cutias atravessam as ruas, cigarras prolongam seus cantos, passarinhos sabe-se lá seus nomes, camaleões são pedras andantes. A vila é arborizada, as casinhas são bonitinhas e todas iguais, as flores são paisagem comum e o símbolo da Vale é mais famoso que do McDonalds que não existe. Mas seria estranho se não houvesse reclamações diante do lugar que se candidata a Éden. Adão diz que não agüenta mais andar pelas ruas carajaras, conhece todos os seus vizinhos, pois são funcionários da mesma empresa e, pra ele, sentar à mesa dum bar é como sentar à mesa de trabalho. Eva carece cidade e em Parauapebas tá se aprontando shopping, a sua amiga serpente só a vive tentando e o que tem de melhor parece estar pendurado em algum’árvore do centro de Peba. Carajás é uma vilinha de casas sem grade que prova que os bichos são menos perigosos que os homens. Carajás é uma vilinha de casas sem grade em que o tédio corre solto pelas esquinas. Carajás é uma vilinha de casas sem grade que sua fachada bonitinha esconde a cratera imensa que a mina de ferro faz lá’trás. Carajás é uma vilinha de casas sem grade que prova que o homem mesmo sem grades é prisioneiro do trabalho.

Antunes
Rio de Janeiro, 13 de outubro de 2009

Yesterday

Ontem: é um possível começo. Neste texto, acabei de chegar a Belém, sendo assim, ontem estava em Aracaju. Num ontem de algum outro ontem, recebi a notícia que iria a Sergipe em substituição à minha gerente. Liga-me Cynara, sergipana responsável pelo treinamento, pedindo para falar com a Luciana. Pois não está, lhe informei. Anote, então, meu e-mail. E eu anotei: Sinara. Quando fui confirmar, me disse: Não! É com cê de casa e ipsulone de yesterday. Corrigi. Pouco tempo depois, fui para Aracaju, onde conheci Cynara e o trabalho educacional realizado pela Vale.

Parece que foi tudo bem. Quando o treinamento tornou-se ontem, minha gerente recebeu o e-mail abaixo:

Boa tarde Luciana!

Estou enviando este e-mail para parabenizar o Vínícius Antunes pela brilhante atuação no curso de multiplicadores em Diálogo Comportamental, feito aqui, na Vale/GEFEW no dia 16/09.

Escrevo em nome de todos os participantes que ficaram muito satisfeitos com a forma com que o Vinícius conduziu o curso. Trata-se de um excelente profissional, que possui muito carisma, conhecimento e um grande potencial para lidar com pessoas, por isso ficamos muito felizes em tê-lo como instrutor.

Parabéns ao Senac por ter profissionais de alta qualidade e parabéns a você Vinícius!! Volte sempre!!

Um grande abraço,

Cynara.

Exagerados sergipanos, mal sabem que ontem aprendi muito mais com Sergipe do que Sergipe aprendeu comigo.

Antunes – 20 de outubro de 2009 – Parauapebas.